ETF: o que é e como investir
ETF não é nada novo. A modalidade de investimento variável está no Brasil desde o início da década passada. No entanto pouca gente conhece e sabe como tirar benefícios.
Hoje, vamos esclarecer a natureza dos ETF. Se você deseja uma carteira diversificada e rentável, este artigo é para você.
O que é ETF
Você quer começar a investir em ações. Contudo quer atuar em diversos segmentos, conseguindo maior segurança e rentabilidade.
Agora, imagine fazer isso sozinho. Comprar ativos de várias empresas, em diversos setores. Além de trabalhoso, pode custar caro. E é aqui que entra a ETF.
ETF (ou Exchange Traded Fundos, em inglês) diz respeito a uma categoria específico de fundo de ações. Ao investir em ETF, você automaticamente adquire um pacote diversificado de ações as quais serão negociadas diretamente na bolsa de valores.
Sendo uma modalidade autossustentável, o ETF reinveste durante a vigência. Isso para manutenção do índice.
Porém sendo essa gestão realizada na bolsa, os custos administrativos são gravemente reduzidos.
Como investir em ETF
Há, no Brasil, 15 veículos de investimento em ETF. Entre os principais, destacamos Itaú, Bradesco, Caixa, BB, BlackRock e IBOVESPA.
No entanto, para um futuro próximo, o Banco Mundial, em conjunto com o Tesouro, proporá um ETF de renda fixa. A ideia é tornar o ETF mais atraente para os brasileiros.
Quanto ao processo de compra de ETF, quem já atua no mercado de ações não terá surpresas. O processo é idêntico ao de compra de quaisquer ações.
Aos que pretendem começar, é necessário contratar uma corretora. A aquisição do ETF é realizada na B3. O processo é feito via home broker.
As taxas administrativas repousam entre 0,059 e 0,69% ao ano. Num paralelo com fundos de gestão ativa, os quais taxam em até 3%, torna-se muito mais atraente.
Uma vantagem importante do ETF diz respeito à clareza. Diferentemente de outros fundos, o pacote não é velado. É possível saber exatamente em que se está investindo na hora de comprar.
Rentabilidade e pontos de interesse
Possuindo taxas administrativas baixas, o ETF é mais interessante que outros fundos de ações. Entretanto a tributação é mais alta que no investimento direto.
Mas a praticidade e a diversidade, unidas aos custos baixos, superam essa limitação. A soma desses fatores faz do ETF uma excelente opção para diversificação da carteira de investimentos.
Quanto a retenção de imposto, a taxa, colhida no IR, corresponde a 15% sobre os lucros líquidos. Isso porque o ETF não está sujeito às isenções de piso mensal e IR sobre dividendos.
O porquê da baixa aderência aos ETF
Apesar de todas as vantagens, o ETF ocupa menos de 0,2% da indústria de fundos. Na gigante, que movimenta R$ 4,5 trilhões, a modalidade ainda não decolou.
Entre os fatores reconhecidos como obstáculos, estão a gestão por home broker e a cultura de investimentos.
No primeiro elemento, analistas identificam baixa intimidade dos investidores com a plataforma. Como são poucos os familiarizados com os painéis de corretoras, poucas são as pessoas que buscam o ETF.
Por outro lado, produtos bancários e a preferência popular pela poupança colaboram com o fenômeno.
No entanto, nos últimos anos, o ETF vem crescendo largamente. Estima-se que, com a inserção de alternativas de renda fixa, a modalidade finalmente caia nas graças dos pequenos investidores.